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Bandeiras, excerto 4

LocalidadeBandeiras (Madalena, Horta)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Balbino

Text: -


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[1]
chegou-se para ele: "Homem, o senhor, [pausa] por onde é que anda"?
[2]
Mas ele roubou o bordão ao [vocalização] ao outro que tinha matado.
[3]
E ele vai,
[4]
foi assim: "Ah, pois este cão
[5]
Ando por correndo terras,
[6]
topei ali fora um senhor, assim, assim,
[7]
e trazia dois bordães,
[8]
e depois ele perguntou se eu queria trocar o bordão pelo cão e por esta espada, que esta espada fazia assim, assim, assim, desta forma, e o cão fazia
[9]
Afinal, eu troquei".
[10]
"Homem, este é um irmão meu.
[11]
A gente anda
[12]
Somos dois ladrães,
[13]
andamos roubando".
[14]
[pausa] "Se ele não tem precisão deste cão e desta espada, eu também não tenho precisão da minha do meu cão e da minha espada.
[15]
O senhor quer-me trocar este meu cão e esta espada esta esp-, p- pelo seu bordão"?
[16]
E vai: "Sim senhor".
[17]
E vai o tolo,
[18]
vai,
[19]
troca logo.
[20]
Ficou com duas espadas e com dois cães.
[21]
Pegou em si,
[22]
foi andando
[23]
e foi assim: "Não, eu vou matar aquele homem.
[24]
Ó minha espada, mata aquele homem"!
[25]
E vai,
[26]
mata o homem com a espada.
[27]
Porque ele estava com medo de ele o querer roubar.
[28]
muito longe, muito longe mas tirou o bordão outra vez, isso tirou o bordão , topa uma velha muito feia, uma velha muito gorda e muito feia!
[29]
"Homem, o senhor e tal, o que é o senhor faz por aqui"?
[30]
A velha conheceu os cães [pausa] e as espadas.
[31]
"Ah, correndo terras, porque os meus irmãos foram, no passado, assim e assim"
[32]
E vai ela
[33]
disse:
[34]
"Olhe, o senhor, quem é que lhe deu estes cães ao senhor"?
[35]
"Ah, foram dois homenzinhos que eu topei acolá fora.
[36]
Eu trazia um bordão três bordães
[37]
e cada um queria o seu,
[38]
deram-me estes cães pelos bordães".
[39]
"Pois, olhe o senhor, estes homens, os tais, eram meus filhos.
[40]
São meus filhos.
[41]
Ele são dois ladrães.
[42]
Andam adiante roubando e matando,
[43]
e eu ando atrás com este assobio pondo-os vivos.
[44]
Portanto, se eles não têm precisão [pausa] deste [pausa] da espada e dos cães, eu também não tenho precisão deste assobio.
[45]
O senhor quer -mo [vocalização] trocar este assobio por este bordão?
[46]
Ele quer-me trocar o [vocalização] o bordão por este assobio"?
[47]
"Sim senhor".
[48]
[pausa] Vai, o homem,
[49]
troca.
[50]
O homem chega mais adiante,
[51]
foi assim: "Ó minha espada, traça o pescoço àquela velha"!
[52]
E a espada vira para trás
[53]
e traçou o pescoço da velha.
[54]
E ele disse:
[55]
"Agora vou experimentar se o assobio se é [pausa] se é certo".
[56]
Vira para trás,
[57]
bota o pescoço da velha encostado,
[58]
assobia,
[59]
a mulher fica viva.
[60]
Vai de carreira.
[61]
"Minha espada, corta o pescoço daquela velha"!
[62]
Cortou,
[63]
deixou a velha morta
[64]
e caminhou.
[65]
Foi em cata Foi em cata de em cata dos irmãos por os irmãos.
[66]
Foi andando, andando, muito longe,
[67]
e quando vai, chegou a uma aldeiazinha
[68]
[pausa] e tudo ali a a falar: "Fulano morreu;
[69]
fulano [vocalização] morreu;
[70]
fulano, o bicho comeu"
[71]
e calou-se.
[72]
Ele calou-se muito bem caladinho
[73]
e sai para baixo,
[74]
sai para uma cidade.
[75]
Quando chega à cidade, a esc- a cidade toda escura, tudo de luto:
[76]
[pausa] janelas fechadas, cortinas pretas, tudo de luto.
[77]
E pega em si,
[78]
foge pa- para a aldeiazinha.
[79]
Chega acima à aldeiazinha,
[80]
e pe- [pausa] pega ali a falar,
[81]
[pausa] e quando dizem que era um
[82]
Havia no mato, [pausa] nas serras, [pausa] um bicho de sete cabeças, [pausa] chamado fera.
[83]
E tinha arrasado a cidade ao rei, que o rei tinha de dar uma sentinela todos os dias.
[84]
E o rei vai,
[85]
o que é que faz?
[86]
Pega em si
[87]
e bota uma sentinela todos os dias naquele lugar, onde aquele bicho tinha dito ao rei; [pausa] que se o rei não botasse, o bicho chegava à cidade, arrasava a cidade.
[88]
Mas eram tantos,
[89]
estava o povo todo virado contra o rei,
[90]
e o que é que o rei faz?
[91]
O rei tinha uma filha.
[92]
E o rei vai
[93]
e bota por bilhetes, por sorte, quem é que ia [pausa] para cima, para guarda.
[94]
Todos os dias a guarda faltava!
[95]
Não tinha
[96]
Quantos caíam , quantos faltavam!
[97]
Ia cada dia um guarda para o bicho comer,
[98]
bem se sabe.
[99]
E a cidade, quando lhe botou saiu a sorte à filha do rei para ela dir, a cidade botou logo luto.
[100]
E este homem sabe disso

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