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Ribeiras, excerto 12

LocalidadeRibeiras (Lages do Pico, Horta)
AssuntoOs barcos e a pesca
Informante(s) Balduíno Baltasar

Text: -


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[1]
Não tem nada A gente não tem nada com isso.
[2]
Talvez muito bem visto, não é uma coisa talvez muito bem feita, que ele a baleia a gente é que a tomou.
[3]
INF1 Pois.
[4]
INF1 Exacto.
[5]
Pois, mas é assim.
[6]
Mas é assim.
[7]
É assim, sim senhora.
[8]
INF2 Não senhora.
[9]
INF1 Não senhora.
[10]
INF1 Pois talvez não haja.
[11]
Talvez não haja.
[12]
[pausa] Olhe, sei .
[13]
INF2 Até o próprio sangue da baleia é aproveitado na fábrica.
[14]
Pelo menos aqui na das Lages era.
[15]
Para juntar à farinha de carne.
[16]
[pausa] Eu até cheguei a ir uma vez ou duas, na altura que eles botam a deitam a farinha de carne para secar,
[17]
botam-lhe o sangue para dentro para ficar a farinha mais avermelhada.
[18]
INF1 De modo que é assim.
[19]
INF2 Nós éramos sócios aqui duma fábrica, [pausa] quer dizer, nós, o mestre Balduíno, o meu pai, e esses que são sócios, que isto é de sessenta e tal pessoas ou setenta e tal no ano em que estamos.
[20]
INF1 Não sei bem os sócios, a quantidade de sócios.
[21]
INF2 Mais ou menos.
[22]
Isto é uma
[23]
INF1 Pois é bom, mais ou menos.
[24]
INF2 Mas essa fábrica trabalhou vinte e oito anos [pausa] sem nunca prestar contas a sócios.
[25]
Depois veio o senhor Basílio, Bebiano Basílio,
[26]
comprou essa fábrica, tal,
[27]
depois quis fazer umas propostas para c- para a compra de óleo
[28]
Isso até meu irmão é que poderá explicar uma coisa melhor.
[29]
[pausa] No fim ao cabo, ela está fechada.

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