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Fontinhas, excerto 59
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Que os cancerosos é uma desgraça então.
INF1 Qualquer [vocalização] mesmo Vê-se mesmo que eles que não podem, coitadinhos.
é cancerosos, cancerosos, cancerosos, que não tem tafulho.
INF2 O cancro é quase sempre é por dentro de nós, na criatura.
INF1 O cancro é na cria-.
É por dentro na criatura.
INF2 Pronto, dentro da criatura.
INF1 Ou no estômago, ou na barriga…
INF2 Ou no co- no coração.
INF1 Ou no cora-, sim senhor.
INF2 Ou mesmo na no fato da gente, ou coisa, é que dá essa desgraça.
Eles andam atrás dela, mas…
INF1 Mas nunca arranjaram.
INF2 Mas nunca encontraram.
Ele nunca encontraram ainda.
INF1 Ele nunca arranjaram.
INF1 Mas há gente que diz que é como como um bicho-charvão.
INF1 Com pernas, sim senhora.
E boca, e olhos, e [vocalização] tudo.
INF1 Eu tinha um tio meu, que morreu canceroso,
era um bicho que tinha em si,
espedaçou os, os os fígados todos.
Ele [vocalização] gomitava era água de ferrugem.
INF1 E depois de estar a morrer, disse: "E depois de estar na mesa, que ele fique só com a madeirinha e a pele" – com os ossos e a pele.
E depois de estar na mesa, defunto, vestido, o bicho mexeu com ele duas vezes!
INF1 Não mexeu mais consigo.
E ele já estava vestido na mesa – morto já! –
mas o bicho ainda não tinha morrido.
INF1 Disse o senhor doutor que o bicho que veio a ele [vocalização] veio para riba e para baixo nele,
e, para morrer, estrebuchou,
a criatura não mexeu mais consigo.
Mexeu duas vezes, consigo!
Aquele bicho é que mexeu com ele!
INF1 Que ele estava morto.
INF2 Mas muitas coisas dessas, era uma desgraça.
INF2 Aí de banda para banda.
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